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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

IA e Competitividade no Turismo Latinoamericano

Artigo elaborado pelo robô do Chat SIGESTur  | GPT, em 19 de outubro de 2024

A competitividade dos destinos turísticos na América Latina depende, cada vez mais, da capacidade de incorporar tecnologias avançadas, como a inteligência artificial (IA), em suas estratégias de gestão. Soluções inovadoras, como o Sistema Integrado de Gestão de Destinos Turísticos (SIGESTur), representam ferramentas fundamentais para aprimorar a eficiência, sustentabilidade e atratividade desses destinos, especialmente em um contexto global de crescente concorrência e complexidade.

A IA permite uma análise aprofundada e em tempo real de dados provenientes de múltiplas fontes, como plataformas de reservas, redes sociais e pesquisas de satisfação de visitantes. Por meio de algoritmos de aprendizado de máquina, é possível identificar padrões de comportamento dos turistas, prever tendências de mercado e personalizar experiências.

Isso é particularmente relevante para destinos latinoamericanos, que frequentemente enfrentam desafios como a sazonalidade, a infraestrutura desigual e a necessidade de promover a diversidade cultural e ambiental como diferenciais competitivos.

O SIGESTur exemplifica como a integração de IA pode ser aplicada à gestão de destinos turísticos. Este sistema não apenas coleta e organiza dados, mas também os transforma em informações estratégicas que orientam o planejamento e a tomada de decisão.

Ao monitorar indicadores como ocupação hoteleira, tráfego e sustentabilidade ambiental, o SIGESTur capacita gestores a implementar ações proativas, maximizando a eficiência dos recursos e minimizando impactos negativos, como a superlotação e a degradação ambiental.

Além disso, a América Latina possui características singulares, como sua vasta biodiversidade, patrimônio cultural e cenários naturais únicos. Nesse sentido, soluções baseadas em IA podem auxiliar na promoção de um turismo mais sustentável e inclusivo, garantindo que o desenvolvimento econômico seja alinhado à preservação dos recursos naturais e culturais.

Modelos preditivos, por exemplo, podem ajudar a prever os impactos de políticas públicas e intervenções no setor turístico, fornecendo dados para subsidiar a formulação de estratégias mais assertivas.

Outro aspecto relevante é a melhoria das relações entre os stakeholders locais, incluindo gestores públicos, empreendedores e comunidades. A aplicação de sistemas integrados, como o SIGESTur, promove a transparência e a colaboração entre as partes interessadas, assegurando que os benefícios do turismo sejam amplamente distribuídos.

Essa abordagem é particularmente importante na América Latina, onde as desigualdades sociais e econômicas podem dificultar a governança turística eficiente.

O uso da IA e de sistemas integrados como o SIGESTur contribui significativamente para a competitividade dos destinos turísticos latinoamericanos ao aumentar sua capacidade de atrair visitantes, otimizar recursos e promover experiências de alta qualidade.

A integração de tecnologia e gestão estratégica transforma o turismo em uma ferramenta de desenvolvimento regional, capaz de gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais duradouros para a região.

Ao adotar essas tecnologias, então, os destinos turísticos da América Latina têm a oportunidade de se posicionar de forma mais assertiva no mercado global, explorando suas riquezas únicas de maneira sustentável e inovadora.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Inteligência Artificial no gerenciamento costeiro

Artigo elaborado pelo robô do Chat SIGESTur  | GPT, em 18 de outubro de 2024

A inteligência artificial (IA) desempenha um papel cada vez mais crucial na gestão de destinos turísticos, especialmente em regiões costeiras, que enfrentam desafios complexos como a sazonalidade, o impacto ambiental e a pressão por um turismo sustentável.

Soluções inovadoras, como o Sistema Integrado de Gestão de Destinos Turísticos (SIGESTur), exemplificam como tecnologias avançadas podem transformar a administração de destinos em direção à competitividade e sustentabilidade.

A integração de IA no SIGESTur permite a coleta, análise e interpretação de grandes volumes de dados provenientes de diversas fontes, como plataformas de reservas, redes sociais e feedbacks de visitantes. Isso possibilita aos gestores identificar padrões de comportamento turístico e prever demandas futuras, auxiliando no planejamento estratégico e operacional. Por exemplo, algoritmos podem otimizar o uso de recursos naturais e humanos, garantindo uma experiência de alta qualidade para os turistas e mitigando impactos negativos ao meio ambiente.

No contexto costeiro, onde a dinâmica ambiental é sensível, ferramentas como agentes inteligentes podem monitorar variáveis em tempo real, como níveis de ocupação hoteleira, tráfego e condições climáticas.

Esse monitoramento contínuo permite respostas rápidas a problemas emergentes, como superlotação ou crises ambientais, promovendo uma gestão mais ágil e eficaz.

A aplicação de IA no SIGESTur facilita a criação de modelos de governança colaborativa. A análise de stakeholders, como operadores turísticos, autoridades locais e comunidades, promove uma maior integração entre as partes, assegurando que as decisões sejam tomadas de forma participativa e alinhadas aos princípios de sustentabilidade e hospitalidade. Isso é especialmente relevante para a região da Costa da Mata Atlântica, onde estudos apontam que a coordenação e a transparência nas relações entre o poder público e os stakeholders são determinantes para o aumento da competitividade turística.

O SIGESTur não apenas auxilia na gestão operacional, mas também contribui para o fortalecimento da identidade local, valorizando a cultura e os recursos naturais da região. Essa abordagem integrada permite que destinos costeiros, como os da Baixada Santista, enfrentem desafios globais de forma competitiva, consolidando-se como referências em turismo sustentável.

A IA e soluções como o SIGESTur representam uma evolução paradigmática na gestão de destinos turísticos, proporcionando ferramentas para um planejamento mais eficiente, sustentável e centrado no bem-estar das comunidades locais e dos visitantes.

Sua aplicação em destinos costeiros é particularmente promissora, dado o potencial de combinar preservação ambiental com desenvolvimento econômico.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

SIGESTur na região do Alto Tâmega e Barroso (Portugal) (2/2)

Caros leitores,

Atualmente, participo de um projeto de mobilidade acadêmica em Portugal. Atuo como Professor Visitante no Instituto Politécnico de Bragança, no Norte do país.


Desde 2016, desenvolvo um projeto de pesquisa intitulado “Sistema Integrado de Gestão de Destinos Turísticos” (SIGESTur) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Cubatão). Assim, tenho buscado meios para aproximar ambas as realidades.


Compartilho a seguir uma síntese da proposta de implementação do SIGESTur na regão do Alto Tâmega e Barroso. O texto é fruto de reflexões iniciais e um olhar panorâmico sobre a sociedade, o mercado como um todo e, mais precisamente, o desenvolvimento turístico nesta área de abrangência.

Aproximação do SIGESTur com outros projetos regionais

A implementação do SIGESTur na região do Alto Tâmega e Barroso representa uma oportunidade estratégica para alavancar o potencial turístico local e promover o desenvolvimento sustentável de seus territórios. Esta região, rica em patrimônios naturais, históricos e culturais, insere-se em um contexto de baixa densidade populacional que, embora desafiante, oferece um espaço fértil para a inovação e o fortalecimento de práticas de gestão colaborativas.


Com base nas diretrizes do projeto, o SIGESTur tem o potencial de se tornar um catalisador para a capacitação dos operadores turísticos, o desenvolvimento de novos produtos e serviços, e o incremento da competitividade regional.


Um dos aspectos centrais do SIGESTur é a sua capacidade de integrar os diversos stakeholders da região, promovendo a cooperação entre os operadores turísticos, entidades públicas e privadas, e as comunidades locais. O turismo, enquanto setor estratégico para o Alto Tâmega e Barroso, exige uma abordagem coordenada que valorize os recursos endógenos, como a gastronomia, os vinhos, as paisagens naturais e os patrimônios culturais únicos de cidades como Chaves, Montalegre e Boticas.


O SIGESTur pode oferecer uma plataforma estruturada para que esses atores compartilhem informações, planejem iniciativas conjuntas e otimizem recursos, fomentando o desenvolvimento de um turismo mais inteligente e sustentável.


A região do Alto Tâmega possui um forte apelo rural e cultural que deve ser explorado de forma responsável, assegurando que o crescimento turístico beneficie diretamente as populações locais. Por meio do SIGESTur, será possível monitorar os impactos ambientais, sociais e econômicos das atividades turísticas, implementando ações corretivas quando necessário e garantindo que o turismo seja um vetor de desenvolvimento equilibrado.


O SIGESTur pode, também, desempenhar um papel vital no estímulo à inovação e à criação de novos produtos turísticos que valorizem os recursos locais. A gastronomia regional, como o vinho dos mortos de Boticas, o presunto de Chaves ou o cozido à barrosã, pode ser integrada a experiências autênticas que conectem o visitante à identidade do território.


Da mesma forma, o turismo de aventura e natureza, impulsionado por atrações como o Pena Aventura Park em Ribeira de Pena ou o Parque Nacional da Peneda-Gerês, pode ser potencializado com a criação de roteiros temáticos e a adoção de tecnologias inovadoras, como aplicativos para trilhas ou realidade aumentada. Essa diversificação de produtos ajudará a atrair diferentes perfis de turistas e prolongar a estadia média na região, aumentando o impacto econômico do setor.


A realização de um grande Fórum internacional, conforme previsto no projeto, será uma oportunidade ímpar para posicionar o Alto Tâmega e Barroso como referência em turismo sustentável e inovador. Esse evento poderá reunir especialistas, investidores e operadores turísticos, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas.


O SIGESTur poderá desempenhar um papel central na organização do Fórum, utilizando os resultados já alcançados para demonstrar as potencialidades da região e atrair novos parceiros e investimentos. Além disso, o evento poderá servir como um palco para divulgar os produtos e serviços desenvolvidos pelos operadores locais, ampliando sua visibilidade no mercado global.


Ao priorizar recursos endógenos e estimular a criação de redes colaborativas, o SIGESTur promoverá um crescimento inclusivo e sustentável, alinhado aos objetivos de coesão territorial e combate à desertificação. O foco no fortalecimento das Pequenas e Médias Empresas (PME) será fundamental para aumentar a competitividade regional e gerar valor econômico e social.


A operação proposta, alinhada com o Aviso NORTE-28-2018-04, tem como objetivo principal a valorização do Alto Tâmega enquanto destino turístico, utilizando seus recursos endógenos diferenciadores como pilares para consolidar uma oferta competitiva, integrada e sustentável.


O SIGESTur, enquanto ferramenta estratégica para a gestão turística, tem total capacidade de contribuir para o sucesso dessa iniciativa, sendo um motor essencial para a estruturação, promoção e monitorização do turismo na região. Com base nos objetivos e ações descritos, é possível argumentar que a implementação do SIGESTur será um passo determinante para potencializar os resultados da operação e assegurar a continuidade e eficácia do trabalho realizado.


A primeira ação, voltada para a elaboração do Plano Estratégico de Turismo do Alto Tâmega, exige uma análise aprofundada dos recursos endógenos da região, bem como a identificação e hierarquização de produtos turísticos. Nesse sentido, o SIGESTur pode fornecer as ferramentas necessárias para mapear e categorizar o potencial turístico local, integrando informações sobre recursos naturais, culturais e históricos em uma base de dados digital acessível a gestores e operadores turísticos.


Por meio de sua plataforma de gestão, o SIGESTur facilitaria a priorização de produtos turísticos de maior relevância e competitividade, como os ligados ao termalismo em Chaves, o turismo de natureza no Parque Nacional da Peneda-Gerês ou o turismo gastronômico associado aos vinhos e pratos regionais. Além disso, a capacidade analítica do SIGESTur pode apoiar a definição de diretrizes estratégicas, identificando tendências de mercado e ajustando o plano às necessidades dos públicos-alvo.


A segunda ação, que contempla a elaboração da Estratégia de Comunicação e Place Branding, beneficia-se diretamente das funcionalidades do SIGESTur, especialmente na organização de dados e na segmentação de mercados. A criação de uma marca territorial forte exige uma narrativa coerente que destaque a autenticidade e singularidade do Alto Tâmega, e o SIGESTur pode servir como base para consolidar essa identidade.


Com um levantamento detalhado e sistemático de dados e informações, o SIGESTur auxilia na definição de canais de comunicação eficazes e no desenvolvimento de campanhas direcionadas, assegurando que as mensagens cheguem ao público certo. Além disso, a integração de dados sobre preferências dos turistas e avaliações de experiências permite ajustar as estratégias de branding em tempo real, garantindo maior impacto e retorno sobre o investimento.


A terceira ação, voltada para o desenvolvimento de ferramentas e conteúdos promocionais, pode ser substancialmente aprimorada com o suporte do SIGESTur. A criação de materiais promocionais, como vídeos, fotografias e guias interativos, pode ser orientada por dados gerados pelo sistema, garantindo que esses conteúdos reflitam os produtos turísticos mais procurados e com maior potencial de mercado.


Destaca-se que o SIGESTur pode atuar como um repositório centralizado para esses materiais, facilitando o acesso por operadores turísticos e entidades públicas e promovendo uma divulgação integrada e coordenada do território. A criação de roteiros digitais, aplicativos interativos e mapas temáticos são apenas algumas das possibilidades que o SIGESTur pode viabilizar, alinhando-se à crescente digitalização do turismo e às expectativas de turistas conectados.


Na quarta ação, que abrange as iniciativas de promoção e divulgação, o SIGESTur se destaca como um aliado indispensável para planejar e executar eventos, campanhas e participações em feiras nacionais e internacionais. A plataforma pode fornecer insights valiosos sobre os mercados-alvo prioritários, ajudando a selecionar os eventos mais relevantes e adequados para a promoção do Alto Tâmega. Além disso, o SIGESTur pode ser usado para monitorar o impacto dessas ações, medindo indicadores de desempenho, como alcance de campanhas, número de visitantes atraídos e retorno financeiro gerado. Essa capacidade de mensuração permite ajustar continuamente as estratégias de promoção, maximizando os resultados e garantindo que os recursos sejam investidos de forma eficiente.


Um dos grandes diferenciais do SIGESTur em relação à metodologia apresentada na operação é a sua capacidade de garantir a continuidade e sustentabilidade das ações desenvolvidas. Embora as quatro ações descritas sejam módulos independentes, a implementação do SIGESTur cria uma estrutura integrada e permanente que facilita a execução das ações a longo prazo.


A centralização de informações, a automação de processos e a capacidade de gerar relatórios detalhados fazem do SIGESTur uma ferramenta que transcende a fase inicial do projeto, assegurando que os benefícios se prolonguem e se adaptem às mudanças do mercado e das prioridades regionais.


Outro ponto crucial é a contribuição do SIGESTur para o fortalecimento da governança turística na região. A operação proposta exige a articulação entre diversos stakeholders, como municípios, empresas privadas e associações locais, o que demanda uma estrutura de gestão eficiente.


O SIGESTur pode atuar como uma plataforma colaborativa, permitindo que todos os atores envolvidos no turismo do Alto Tâmega trabalhem de forma integrada, compartilhem informações e alinhem suas iniciativas. Essa abordagem colaborativa é essencial para evitar esforços duplicados, otimizar recursos e garantir que o turismo seja um vetor de desenvolvimento equitativo e sustentável para toda a região.


Em conclusão, o SIGESTur é uma ferramenta fundamental para o sucesso da operação de valorização do Alto Tâmega enquanto destino turístico. Sua capacidade de integrar informações, otimizar processos e promover a colaboração entre stakeholders posiciona-o como um recurso indispensável para alcançar os objetivos estratégicos delineados.


A implementação do Observatório do Alto Tâmega e Barroso, através da Infraestrutura de Dados Espaciais do Alto Tâmega (IDE-AT), configura-se como um marco estratégico para a gestão integrada do território e uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento sustentável do turismo regional.


A IDE-AT, ao oferecer uma plataforma de partilha e gestão de informações em rede, é uma iniciativa fundamental para a modernização da governança regional, fomentando a colaboração entre diferentes atores e otimizando a utilização dos recursos endógenos do território. Nesse contexto, o SIGESTur, enquanto sistema de gestão turística, tem o potencial de atuar em sinergia com o Observatório, ampliando significativamente os impactos positivos do projeto.


O principal objetivo do Observatório é criar uma base de dados aberta e interoperável que atenda às necessidades de uma ampla gama de utilizadores, incluindo municípios, empresas, associações e o público em geral. Essa visão de gestão baseada em dados é perfeitamente alinhada com o propósito do SIGESTur, que utiliza informações detalhadas para planejar, monitorizar e promover o turismo de forma inteligente.


A integração do SIGESTur na IDE-AT permitirá agregar dados específicos sobre o turismo regional, como fluxos de visitantes, preferências de consumo, ocupação de alojamentos e avaliações de serviços, enriquecendo ainda mais a infraestrutura e fornecendo subsídios para decisões mais assertivas.


A política de dados abertos e a interoperabilidade da IDE-AT, baseada na Diretiva INSPIRE e nos padrões OGC, representa um avanço significativo para o turismo do Alto Tâmega e Barroso. Esses princípios facilitam o acesso a dados e a integração de sistemas, permitindo que o SIGESTur opere de forma mais eficiente e colaborativa. Outro ponto de destaque é o potencial do Observatório em promover a inovação e a competitividade regional.


A capacidade do SIGESTur de medir indicadores de desempenho, como pegada ecológica, impactos sociais e retorno econômico, será ampliada pela infraestrutura do Observatório, que fornecerá informações integradas de diferentes áreas do território.


A flexibilidade da IDE-AT, que se adapta às necessidades de diferentes utilizadores, também reforça a sua complementaridade com o SIGESTur. Enquanto o Observatório oferece uma visão ampla e integrada sobre o território, o SIGESTur pode atuar como uma ferramenta específica para o setor do turismo, extraindo e processando os dados relevantes para a promoção, planeamento e gestão de atividades turísticas. Essa complementaridade permite que ambos os sistemas se retroalimentem, otimizando os resultados e garantindo que as decisões sejam tomadas com base em informações precisas e atualizadas.


Em termos de benefícios práticos para os munícipes, a integração do SIGESTur ao Observatório também se traduz em maior transparência e participação cidadã. A política de dados abertos da IDE-AT permitirá que a população acesse informações sobre o turismo local, fortalecendo a confiança nas políticas públicas e estimulando a colaboração. O SIGESTur pode disponibilizar dados sobre eventos, atrações e serviços turísticos diretamente aos cidadãos, promovendo uma maior interação entre os residentes e o setor turístico.


Por fim, o Observatório do Alto Tâmega e Barroso, por meio da IDE-AT, cria as condições necessárias para a implementação de um modelo de gestão turística mais inovador, sustentável e inclusivo. Ao integrar-se ao SIGESTur, essa iniciativa ganha ainda mais relevância, ampliando seu impacto e criando um ecossistema de dados que beneficia gestores, empresas e comunidades.


A sinergia entre essas ferramentas assegurará que o turismo na região seja promovido de forma inteligente, equilibrando a valorização dos recursos locais com o crescimento econômico e a preservação ambiental.


Um forte abraço!


Sucesso sempre,


Aristides Faria

SIGESTur na região do Alto Tâmega e Barroso (Portugal) (1/2)

Caros leitores,

Atualmente, participo de um projeto de mobilidade acadêmica em Portugal. Atuo como Professor Visitante no Instituto Politécnico de Bragança, no Norte do país.


Desde 2016, desenvolvo um projeto de pesquisa intitulado “Sistema Integrado de Gestão de Destinos Turísticos” (SIGESTur) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Cubatão). Assim, tenho buscado meios para aproximar ambas as realidades.


Compartilho a seguir uma síntese da proposta de implementação do SIGESTur na regão do Alto Tâmega e Barroso. O texto é fruto de reflexões iniciais e um olhar panorâmico sobre a sociedade, o mercado como um todo e, mais precisamente, o desenvolvimento turístico nesta área de abrangência.


Apresentação


A implementação do SIGESTur na região do Alto Tâmega apresenta-se como um recurso estratégico crucial para o sucesso da Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial, maximizando o impacto das ações planejadas e garantindo a eficiência na gestão de recursos.


O SIGESTur, ao integrar informações e processos relacionados ao turismo, pode transformar desafios em oportunidades, alinhando-se aos objetivos de dinamização econômica, sustentabilidade e coesão territorial estabelecidos pela estratégia.


Um dos eixos fundamentais da estratégia é a dinamização da base econômica local, com foco na valorização dos recursos endógenos. O SIGESTur, ao atuar como uma plataforma integrada de gestão turística, pode agregar informações sobre produtos locais, como vinhos, azeites e artesanatos, conectando produtores e operadores turísticos para criar experiências temáticas e roteiros que atraiam visitantes. Além disso, a centralização de informações turísticas em uma plataforma acessível permite às empresas locais ajustarem seus serviços às preferências do público-alvo, identificando tendências e antecipando demandas.


A sustentabilidade é outro pilar da estratégia territorial e o SIGESTur pode ser uma ferramenta essencial para garantir que o desenvolvimento do turismo respeite os recursos naturais e culturais do Alto Tâmega. Por meio do monitoramento de indicadores ambientais e sociais, o SIGESTur pode auxiliar na gestão de áreas protegidas, como o Parque Nacional da Peneda-Gerês, e promover práticas de turismo responsável.


A estratégia de desenvolvimento busca reforçar a integração e a identidade regional e o SIGESTur pode desempenhar um papel central na promoção do Alto Tâmega como um destino singular e autêntico. Através da coleta e organização de dados culturais, históricos e naturais, o sistema pode ajudar a criar uma narrativa coerente e envolvente para o turismo regional.


Essa narrativa pode ser usada para desenvolver campanhas de marketing territorial e place branding, valorizando a herança cultural da região e diferenciando-a de outros destinos. Além disso, o SIGESTur facilita a coordenação de eventos culturais e festividades locais, maximizando a visibilidade dessas iniciativas e atraindo um público diversificado. A criação de calendários integrados e interativos, acessíveis a residentes e turistas, reforça a identidade do Alto Tâmega como uma região vibrante e acolhedora.


Outro eixo prioritário da estratégia é a coesão territorial e inclusão social, áreas onde o SIGESTur pode ter um impacto significativo. Ao centralizar dados sobre turismo e conectividade, o sistema pode identificar áreas com menor desenvolvimento turístico e auxiliar na criação de políticas específicas para integrá-las às dinâmicas regionais.


A plataforma também pode ser usada para promover a participação das comunidades locais na cadeia de valor do turismo, fortalecendo o sentimento de pertencimento e gerando oportunidades de emprego e empreendedorismo. Ao dar visibilidade aos pequenos negócios e produtos regionais, o SIGESTur contribui para a redução de desigualdades e para a resiliência socioeconômica do território.


A gestão integrada de dados e processos promovida pelo SIGESTur fortalece a governança regional, proporcionando uma base sólida para a tomada de decisões informadas. A plataforma facilita a articulação entre os diferentes municípios, promovendo a cooperação intermunicipal e otimizando recursos financeiros e humanos.


O protótipo do Sistema já oferece ferramentas para monitoramento contínuo das ações implementadas, permitindo avaliar o progresso em relação aos objetivos estratégicos e ajustar políticas conforme necessário. Indicadores de desempenho, como fluxo de visitantes, impactos ambientais e retorno econômico, são fundamentais para medir a eficácia das iniciativas e garantir sua sustentabilidade.


A implementação do SIGESTur no contexto da Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial do Alto Tâmega é um investimento estratégico que pode amplificar significativamente os resultados esperados. Ao promover a integração de dados, a inovação na gestão turística e o fortalecimento da identidade regional, o SIGESTur torna-se uma peça-chave para o desenvolvimento inteligente, sustentável e inclusivo da região.


Sobre o destino


A região do Alto Tâmega e Barroso, constituída pelos municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar abrange uma área de aproximadamente 2.922 km² e registra ao todo, de acordo com os dados dos Censos 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE), uma população residente de 84.248 habitantes, correspondendo sensivelmente a 2,4% da população da região Norte de Portugal.


Tal território constitui uma das vinte e três Comunidades Intermunicipais (CIM) nacionais, fazendo fronteira com outras quatro CIM – Cávado, Ave, Douro e Terras de Trás-os-Montes – e a Norte com Espanha, o que coloca a região numa posição privilegiada tendo em vista possibilidades de promoção de relações transfronteiriças, em especial com Orense.


A atividade agrícola e a agroindústria detêm um papel de grande relevo no panorama económico deste território de baixa densidade. Os recursos endógenos de destacada qualidade constituem-se como um dos fatores de diferenciação destes municípios, sendo de destacar os produtos endógenos de qualidade reconhecida, muitos dos quais com garantia de Denominação de Origem Protegida (DOP) e de Indicação Geográfica Protegida (IGP), entre os quais se destacam a carne, o mel, o azeite, a castanha, a batata, o folar, os produtos de fumeiro e os enchidos, entre outros.


A atividade turística constitui-se como outra das apostas estratégicas do Alto Tâmega e Barroso, fundada numa oferta de turismo termal e de turismo em espaço rural (TER) que complementa a beleza natural da região, contextualizada por grandes áreas de interesse natural e que lhe conferem um enquadramento privilegiado em termos de biodiversidade e de riqueza paisagística.


Municípios componentes da região


Boticas  


Boticas destaca-se pela sua tradição na produção de vinho dos mortos, uma prática secular única, em que as garrafas são enterradas para maturação. O Parque Arqueológico do Vale do Terva e o Centro de Interpretação do Parque Nacional da Peneda-Gerês oferecem aos visitantes experiências que combinam natureza e história. A tranquilidade da paisagem rural, os rios cristalinos e as festas populares, como a Romaria de São Sebastião, tornam Boticas um destino autêntico e acolhedor.


Chaves  


Chaves é famosa pelas suas termas romanas, um legado da época imperial que ainda atrai visitantes para tratamentos relaxantes. O Castelo de Chaves, com a Torre de Menagem, e a Ponte de Trajano, que atravessa o rio Tâmega, são marcos históricos de grande relevância. A gastronomia local, especialmente o presunto de Chaves e o pastel com o mesmo nome, é um ponto alto para os amantes da boa comida e da tradição.


Montalegre  


Montalegre é sinônimo de mistério e história, conhecida pelas suas tradicionais Sextas-Feiras 13, eventos que celebram lendas e superstições. O Castelo de Montalegre, com vistas impressionantes sobre a paisagem montanhosa, é um dos seus maiores atrativos. A proximidade ao Parque Nacional da Peneda-Gerês convida os visitantes a explorar trilhos, lagoas e biodiversidade única. A cozinha barrosã, com destaque para o famoso cozido à barrosã, reforça a identidade local.


Ribeira de Pena  


Ribeira de Pena encanta pelos seus cenários naturais e pela oportunidade de aventura no Pena Aventura Park, onde atividades como tirolesa e rafting são destaques. O artesanato em linho, um legado cultural preservado por gerações, reflete o cuidado com as tradições. As paisagens da Serra do Alvão e os moinhos antigos ao longo dos rios completam o encanto de um destino perfeito para ecoturismo.


Valpaços  


Valpaços é um destino marcado pelo cultivo de azeite, vinho e castanhas de alta qualidade, símbolos da sua economia agrícola. A Rota do Azeite e do Vinho guia os visitantes por quintas tradicionais e vinhedos encantadores. Além disso, as ruínas romanas e as festas locais, como a Feira da Castanha, oferecem uma rica experiência cultural. Valpaços é ideal para os que buscam tranquilidade em contato com a autenticidade rural.


Vila Pouca de Aguiar  


Vila Pouca de Aguiar, conhecida pela exploração de granito, oferece paisagens marcadas por serras e aldeias típicas. O Complexo Mineiro Romano de Tresminas é um dos principais pontos de interesse histórico, revelando o passado mineiro da região. A Barragem da Falperra proporciona um ambiente relaxante para atividades ao ar livre, enquanto a gastronomia, com pratos como o cabrito assado, conquista o paladar de quem visita esta charmosa cidade.


Continua na parte 2...


Um forte abraço!


Sucesso sempre,


Aristides Faria

Observatório do Turismo & Economia do Mar

Observatório do Turismo & Economia do Mar
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